"Amigo era o braço, e o aço! Amigo? Aí foi isso que eu entendi? Ah,
não; amigo, para mim, é diferente. Não é um ajuste de um dar serviço ao outro,
e receber, e saírem por este mundo, barganhando ajudas, ainda que sendo com o
fazer a injustiça aos demais. Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a
gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer
de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou – amigo – é que a
gente seja, mas sem precisar de saber o por que é que é."
João Guimarães
Rosa, em "Grande Sertão: Veredas".Rio de Janeiro: Editora Nova
Fronteira, 1988.
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