Como é
bom se livrar de verdades absolutas . Não é se esvaziar de certezas, daquelas
que nos edificam, nos dão sustentação. Mas sim das que nos afrontam, e aos
outros . Aquelas que bradamos movidos pela simples vaidade de parecer querer
saber tudo.
Neste
ano conheci o Japão. A emoção de ver pela primeira vez Fujisan, que
respeitosamente aprendemos , como o Monte Fuji deve ser chamado por todos os
japoneses, é indescritível. Ele nos surgiu lentamente, no meio de nuvens, num
fim de tarde, depois de havermos procurado-o durante todo o dia. Ele só veio depois
de nos acalmarmos internamente, é sério, e acostumarmos o olhar.
Sua
imponência e força parece se expandir em ondas . Impressionante como uma imagem
tão banalizada pode adquirir tanta consistência, e em uma fração de segundo nos
colocar na devida dimensão . A noção de humildade se instala em nós.
Beleza e harmonia são os meus votos para o novo ano que começa.
Olhar ingênuo para as pequenas e grandes coisas.
Descobrir novos cantos nos passarinhos.
E nas flores novas.